Sâo Paulo, 02/03/2011

STIHL efetiva formandos de projeto pioneiro de capacitação de portadores de deficiência intelectual

A STIHL comemora no dia 3 de março, às 18 horas, em sua sede em São Leopoldo (RS), a formatura de jovens que participaram do Programa de Inserção de Pessoas com Deficiência Intelectual. Em parceria pioneira com o SENAI Lindolfo Collor, a STIHL desenvolveu cursos de capacitação específicos para esses profissionais, que agora passam a fazer parte do quadro. A formatura é um marco especial para a empresa e para os profissionais e suas famílias.

No dia 3 de março, às 18 horas, a sede da STIHL na cidade de São Leopoldo (RS) será palco de um evento muito especial: a formatura de oito jovens com  deficiência intelectual que desde março de 2010 participam do Programa de Inserção de Pessoas com Deficiência Intelectual da STIHL. Desenvolvido em parceria com o SENAI Lindolfo Collor, o projeto de formação educacional e profissional possui metodologia própria e é inédito no Brasil. Após 300 horas de aulas teóricas no SENAI e 900 horas de trabalho prático na STIHL, os jovens serão agora efetivados na companhia. O sucesso do projeto foi tanto que, em fevereiro, a STIHL recebeu a visita de mais de 40 representantes de empresas que foram conhecer os resultados do Programa.

Com a formatura, os jovens têm o desafio de continuar mostrando, para a família, colegas de trabalho e sociedade que podem ocupar outros postos e crescer, de acordo com suas possibilidades, ensinando e aprendendo dentro do ambiente organizacional. "A presença desses profissionais ajuda a empresa como um todo e a sociedade também. É um aprendizado mútuo", afirma Karin Leitzke, gerente de Recursos Humanos da STIHL. Tudo começou com o desafio de atender aos requisitos da legislação que prevê a contratação de pessoas com deficiência.

"Encontrar postos de trabalho compatíveis para os deficientes intelectuais é muito difícil, pois eles têm muita dificuldade de aprendizagem. A metodologia é outra. Como eles não entendem a teoria tão bem, é necessário trabalhar muito no concreto. Aprendem na teoria e vão para a prática imediatamente. Tivemos que desenvolver um curso com possibilidades de realmente inserir esses jovens no mercado", explica Eliane Dall'Agnese, analista de Serviço Social da STIHL.

Foi um processo trabalhoso, mas valeu a pena. "Para que desse certo tivemos que trabalhar o preconceito das famílias. Elas precisavam acreditar que os jovens passam por um processo mais difícil, mas que têm reais condições de trabalhar", enfatiza Eliane. Antes dos oito jovens começarem a realizar a parte prática do curso na STIHL, as famílias conheceram os seus postos de trabalho e as dependências da STIHL.

Os jovens tiveram aulas de comportamento, explicações sobre como usar o vestiário e o restaurante, como se vestir no ambiente de trabalho e como se orientar dentro da empresa, entre outras questões, além de aprender a prática do dia a dia do trabalho. Começaram como aprendizes, trabalhando apenas quatro horas por dia, enquanto tinham aulas teóricas no SENAI. Agora, serão efetivados e trabalharão oito horas. Um ponto muito importante do projeto é a presença de colegas de referência, além de supervisores de setor e de um monitor que acompanha o desenvolvimento dos jovens aprendizes.

Os colegas de referência são funcionários da STIHL que, além de exercerem suas atividades normais, orientam o jovem no dia a dia. Uma espécie de tutor dentro da empresa. No começo essa relação foi complicada, pois o colega de referência tinha que realizar suas tarefas e acompanhar as do jovem também, mas com o tempo os jovens passaram a desenvolver um ótimo trabalho e a realmente agregar valor. "Além do jovem aprender e ter um ótimo desempenho, os colegas de referência aprendem a conviver com as diferenças e a capacidade de superação. Em um dia corrido, os funcionários percebem como é mais difícil para aqueles jovens superarem certas dificuldades e como o esforço para estar ali é muito maior. Isto é um exemplo para toda a organização", afirma Karin.

Alocados nas áreas de Expedição/Embalagem e Recebimento, os jovens são acompanhados também pelo supervisor de setor e pelo monitor do programa. "O que podemos tirar de experiência até aqui é que é possível cumprir a legislação, sensibilizar e desenvolver nossos colaboradores e gestores para a verdadeira inclusão e também fazer efetivamente a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho demonstrando suas potencialidades, alinhando à cultura corporativa", diz Eliane.
  
Considerado benchmark, o Programa de Inserção de Pessoas com Deficiência da STIHL tem despertado o interesse de várias outras empresas. Além das empresas que já visitaram a STIHL para a troca de experiências, há no momento uma lista de espera para outro agendamento. "Faz parte da nossa responsabilidade social disseminar conhecimento entre outras empresas também. Mostrar os insucessos e ensinar o caminho que deu certo para nós. E, faz parte do sucesso espalhar as boas ideias", acredita Karin.

"De um modo geral melhoramos consideravelmente as condições de acessibilidade na empresa para as pessoas com  deficiência, com a instalação de elevadores, rampas, piso tátil, e banheiros, mas ainda temos muito a melhorar nesse quesito", explica Eliane. A STIHL também contratou um monitor e uma consultoria especializada para assessorar o Programa e ampliou as oportunidades de inserção no mercado de trabalho para os diversos tipos de deficiência, como deficientes auditivos, físicos, intelectuais e múltiplos. Hoje são 68 funcionários, que trabalham nas áreas fabril e administrativa.


 

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